Olá, pessoal!
Você não tem que NADA! |
O texto dessa semana quer chamar atenção para algo bem simples, mas que está na base de muitos problemas emocionais e afetivos.
Estou falando da "necessidade" de corresponder a padrões comportamentais impostos a nós por mil e uma fontes que, se fôssemos olhar mais de perto, veríamos que não nos representam.
Você ouve isso tanto aí fora que já nem nota. É o famoso "tem que".
Mas, por que nos submetemos? Por que aceitamos ser como bonecos de corda, teleguiados para realizar tarefas e ações que não tem nada a ver com quem somos ou sonhamos nos tornar?
A falta de autoconhecimento certamente explica muito da nossa falta de autonomia. E pessoas que não regem a sua própria vida vivem apenas para agradar os outros.
Se você ao menos se conhecesse melhor, veria que não tem que...
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O que faz você feliz? Já parou para pensar nisso?
A maioria das pessoas nem se dá conta do que de fato as emociona, e vive segundo padrões que não tem nada a ver com suas verdades interiores.
Não que as pessoas vivam buscando ser infelizes. O problema é quando a infelicidade aparecer, você ir se acostumando, se ajustando. Achando normal.
Um conjunto de racionalizações vem à mente para justificar a sua situação infeliz: "Não se pode ter tudo", "a vida é dura", "bom não está, mas o que se vai fazer?".
Será que essa infelicidade expressa nessas frases é de fato tão necessária à vida?
Ou você está pagando por um pacote ou produto que não encomendou?
Quem está ganhando com a sua passividade? O mercado? A empresa? A outra pessoa da relaçao?
Os outros, não é? Sempre eles.
Questione se a sua infelicidade faz parte do seu processo de desenvolvimento pessoal ou é algo que simplesmente lhe disseram para que você se encaixe ao sistema social dominante (status quo).
Vida como um peso? Isso é um contrassenso. Tudo bem, vamos deixar passar que a vida tem lá seus contratempos, mas daí a ser algo para se suportar?
Não sei se você notou, mas em todo esse lance de "ter que" se esconde a ideia exterminadora de sonhos e de identidades chamada conformismo.
Quanto mais engolimos essa ideia, mais vamos achando normal aceitar humilhações e suportar desgraças, e com o tempo perdemos o nosso senso de dignidade.
Assim, sem nos darmos conta, vamos confundindo a vida com um "teste de resistência" e o mundo como um "campo de provas". E o prazer e alegria, onde entram?
Se está doendo, não é vida. Esqueça essas superstições que dizem que você "tem de passar por isso".
Levante-se daí. Saia. Invente qualquer coisa e mude a sua situação.
Os outros podem não gostar e nem mesmo entender. Eles não precisam. Mas você, sim. Compreenda a sua situação, veja o que pode fazer e mexa-se.
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2 -...aguentar tudoSeu emprego, seu marido, seu namorado, seu chefe, seus "amigos".
Quantas coisas você aguenta porque assim disseram e você aprendeu que devia ser?
E o que você ganha com isso? Stress, insônia, está sempre de mau-humor.
Organize-se, veja o que de fato vale a pena levar adiante. Separe aquelas outras que você precisa continuar fazendo por um tempo. Já aquelas que nada lhe acrescentam, jogue fora.
Por que inventaram essa ideia de que a dor nos torna mais sábios?
Se acreditássemos de fato nisso, por que estamos sempre buscando melhorar de vida, deixar situações desconfortáveis e que nos magoam, tanto física como emocionalmente?
Crescer incomoda porque faz com que nos desinstalemos das nossas posições tradicionais. Mas, uma coisa é um incômodo que nos beneficia e nos fortalece. Outra coisa são incômodos que só nos machucam, nos torturam, e que no fim das contas só nos deixam amargos e ressentidos.
Esteja sempre atento para o seguinte: crescimento nunca deve ser confundido com tormento.
Você não tem que sofrer! |
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3 - ...ser como todo mundo
Eis a raiz de todos os males: ser como os outros. Quantas vezes você já deve ter ouvido ou lido de que o veneno da autoestima é a comparação?
Você se compara com os outros porque não tem isso, não faz aquilo, não consegue aquilo outro. Mas se esquece de que eles vivem sob outras condições e com outros recursos.
Ser como os outros é se destruir pouco a pouco, é se alienar de si mesmo. Ao tentar ser como eles, você não apenas não terá sucesso como esquecerá a sua própria identidade.
Por que você não olha para você e se compara com os seus ideais e projetos?
Você pode até se inspirar lá fora, mas deve seguir apenas os seus projetos interiores.
Mergulhe dentro de si e se pergunte: "O que eu gosto e o que eu quero?"
Você verá que muitas das respostas, ou ainda os ensaios de respostas que virão à tona, não terão tanta relação com as exigências do ambiente. A sua voz interior será "Ei, e quanto a você?"
Uma vez em contato com as suas reais necessidades, muita coisa aqui fora vai começar a parecer bem supérfluo e sem graça.
Você não tem que copiar ninguém! |
Pois é. Embora os livros de autoajuda digam que você pode ser tudo o que quiser, bastando utilizar as técnicas certas, vibrar positivamente, se comportar como as pessoas "altamente eficazes", não é bem assim.
Você não controla todas as variáveis que dão forma à realidade da vida. As doenças, as perdas em geral e a morte estão aí o tempo todo para nos lembrar dos nossos limites.
Você não tem todos os recursos e nem controla todas oportunidades necessários para realizar aquele sonho de vida ou a vida dos sonhos.
Quantos acidentes acontecem na vida que nos roubam o tempo, o dinheiro, a disposição emocional?
Você pode até tentar e se recupera o mais rápido possível, claro, mas o tempo perdido não pode ser recuperado. Ou pode?
Pois é. Cadê o controle?
As suas economias podem ser consumidas de repente por uma doença. Será que você conseguirá ajuntar novamente a mesma quantia?
E os traumas emocionais de todo tipo que lhe rouba um tempo precioso que você poderia usar para obter e viver outras experiências bem mais agradáveis?
Você não tem que nada. Você precisa ser.
Precisa descobrir quem você é e, de acordo com isso, fazer de tudo para ir o mais longe possível na realização dos seus sonhos.
A resposta para o que você precisa está dentro de você. Naquele lugar com o qual você se desconectou, porque estava ocupado demais sendo amestrado e doutrinado a olhar para os outros, para o mundo, para tudo o que não "tinha que".
A vida começa quando as obrigações alienantes acabam. Pense nisso.
Você não tem que, você só precisar ser! |
Até mais!
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