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Conformismo, o que você precisa saber [2018]


Olá, pessoal


Conformismo, o que você precisa saber [2017]
Aguenta aí! Falou!


       Os piores tipos de informações que podemos cultivar para formar o nosso pensamento e constituir a nossa prática interativa diária são aquelas que, por pura preguiça de pensar, vão sendo tão repetidas, assimiladas que assumem o status de verdades.

       Vivemos determinados pelo senso comum, e assim é pela nossa necessidade de adaptação social. Fato. Por isso não existem pessoas totalmente livres, embora hajam muitos vivendo essa pretensão.

       Um conceito que anda em moda e ao qual se recorre rapidamente quanto se trata de dar conselhos e resolver problemas - principalmente os dos outros! - é a chamada resiliência.

        Não tem coisa mais horrível do que sofrer, e com isso todos os viventes concordam. Mas pior ainda do que sofrer é não compreender minimamente por que isso está acontecendo. Ou achar que sabemos. Já pensou confundir uma reação naturalmente saudável - como a insatisfação - com um problema?

       E isso acontece quando não vemos que muitas vezes (e geralmente), o que nos faz sofrer é a própria má interpretação que damos aos problemas e aos sentimentos resultantes. 
       
       Por que sofremos? O que é sofrer? Precisamos sofrer? Até quando ou a partir de que ponto podemos dizer que alguém sofre?  

       Será que podemos decidir a partir de nós o sofrimento ou mal-estar de outro? 

        E aqui já se apresenta um primeiro elemento da resiliência, que é a capacidade de identificar uma dor e compreendê-la como parte do processo para se atingir um objetivo. Afinal, tudo é mais fácil e se torna familiar quando compreendemos e podemos trabalhar com aquilo.

       Se você já ouviu o termo resiliência mas não sabe se ele faz sentido, no que ele se diferencia do conformismo tradicional e quando usá-lo como chave interpretativa dos seus dramas existenciais, então nós acertamos e precisamos falar sobre resiliência (e conformismo).


1 - Resiliência...ou conformismo?

       Faz parte da nossa acomodação à vida em grupo estabelecermos uma série de padrões, condições e atitudes com os quais a maioria concorde para que assim a engrenagem social funcione, pois do contrário seria um caos.

       Valores e conceitos são pensados de maneira que imponham limites, delimite fronteiras  para as nossas interpretações do mundo físico e emocional. É uma preocupação com a ordem.

       Mas enquanto, exteriormente, algumas coisas possam mais ou menos ser determinadas e defenidas coletivamente sem muita discussão , quando nos voltamos para o mundo psicológico e individual, a complexidade da realidade se impõe. 
       A vida nunca se apresenta de maneira fácil. Ou talvez sejamos nós que deveríamos sair do "modo fácil" ao analisar a realidade.
       Repentinamente as coisas podem se tornar difíceis e precisamos reagir a elas. E como fazer isso adequadamente?

       O questão é, até que ponto a resiliência não seria apenas um termo chique e mais técnico (já que não é de uso popular) para dizermos conformismo? 
       Os especialistas se apressam em traçar limites claríssimos sobre os dois conceitos. 

       Resiliência seria a capacidade de racional e madura de assumir as dificuldades e quedas como parte de um processo de crescimento. Ou seja, é a aceitação de que há um percurso mais ou menos complicado necessário a se trilhar para ir do ponto A ao ponto B.

       Conformismo seria a desistência apressada perante a dureza dos obstáculos interpretados erroneamente como limites intransponíveis. Isto é, quanto mais a jornada for difícil mais sinal de que se deve parar.

       A esse último, claro, se alguém se entregar de maneira extrema, só evidenciaria a falta de realismo. O indivíduo deve se adaptar à realidade e não o contrário. Portanto, só observando todas as condições oferecidas ou não pela realidade é que se poderia decidir por uma ou outra atitude.

       Aqui deve entrar uma ferramenta indispensável para interpretarmos a realidade, a autoconsciência. Quanto mais se sabe de si, mais acesso à complexidade da realidade se tem. Nós somos parte dessa realidade. E sabermos como nos encaixamos nela faz toda a diferença para a nossa saúde emocional.

      A autoconsciência leva invariavelmente à autonomia.  Nossos desejos e necessidades pela primeira vez são percebidos. Mais cientes, procuramos estabelecer ou reconhecer os nossos próprios limites, físicos, emocionais e sociais. E quando principalmente esses devem ser negociados ou não. 
       Até as influências alheias se relativizam, ao menos teoricamente.

       O nível da nossa autonomia está em recíproca relação com nosso nível de autoconheciência.

       Autoconscientes e autônomos, nos perguntamos sempre: até que ponto devemos insistir numa empreitada ou tolerar o sofrimento?   
       Quando você sabe que já deu o máximo, mas os resultados não vingam, será tudo uma questão de ajustar ou corrigir o curso e a estratégia (ser resiliente) ou seria melhor aceitar que aquilo é impossível e trocar de objetivo?

       E é aqui que o choque com o mundo exterior pode começar.

       Para alguém autoconsciente, teoricamente a resposta  automática deveria ser: cada um define se deve parar ou continuar. 

       Mas na prática as coisas se complicam. Poucos conseguem ser de fato autônomos quanto aos próprios valores ao se expressar socialmente. Ajustar-se ao coletivo quando as nossas decisões confrontam a sociedade se revela um imperativo natural.

       O professor de psicologia da Universidade Columbia,nos EUA, Noam Shpancer, costuma fazer um experimento interessante com seus alunos para provar como se impõe facilmente o conformismo.


 Na minha classe, às vezes eu faço a seguinte demonstração: peço que dois estudantes voluntários saiam. Eu digo aos restantes na aula que sua tarefa é evitar todo contato e interação com os voluntários. Eu prometo pontos para o próximo teste, caso façam tudo direito. Eu então instruo os dois esperando lá fora que sua tarefa será fazer tudo o que puderem para envolver os da sala a interagirem com eles de algum modo.
Conformismo, o que você precisa saber [2017]
Dr. Noam Shpancer

Em seguida, os trazemos de volta para dentro. Depois de vários minutos dolorosos sem eles obterem qualquer resposta dos companheiros, eu concluo a demonstração. Pergunto aos voluntários como eles se sentiram. "Foi horrível", eles dizem. "Envergonhados e rejeitados". 

Então peço aos outros alunos que adivinhem o propósito da demonstração. Eles costumam achar que foi pensada para mostrar as dificuldades de ser um estranho e socialmente rejeitado. Mas a razão é na verdade o contrário: mostrar como é fácil e automático se conformar

"Nenhum de vocês se recusou a seguir minhas instruções", digo. "Vocês acabaram de passar 10 minutos tratando pessimamente dois colegas inocentes e nenhum de vocês se levantou e disse: "Fique com seus pontos de prova. Não vou tratar os meus colegas mal sem motivo ".

       De fato, o professor tem razão ao concluir "Nós geralmente nem nos damos conta de que nos conformamos. Já estamos programados, é o nosso modo padrão de agir."

       Com isso queremos deixar claro que o conformismo nao é algo que você simplesmente decide assumir. Ele é a nossa tendência natural

       Mas não é contraditório virmos aqui falar contra o conformismo e acabar mostrando o quanto ele é arraigado em nosso própria condição humana? 

       Na verdade, não. 

       O conformismo é o fácil, o habitual, o comportamento automático para o qual você vai tender.

       Você já sabe o que vai naturalmente enfrentar, se quiser  mudar ou transformar a sua vida. Isto é, não será fácil, não será algo que você resolve repetindo um hábito por "21 dias". 

       Está entendendo? Um esforço considerável será necessário. Você terá de se desinstalar, se insurgir e talvez você precise ir ao extremo de se desconectar, para se libertar de uma situação que, cedo ou tarde, lhe seria mortal.

       Por que você acha que grandes atos e proezas são tão difíceis? Por isso. É o conformismo. 
       É difícil desafiar a opinião do ambiente e a nossa tendência a se adaptar. Muito pior é quando o que queremos é algo incomum e significativo apenas para nós mesmos.

       É aqui que o termo resiliência pode pegar carona no discurso de maneira descuidada. De repente, você estaria se refugiando na resiliência para não assumir que está simplesmente cedendo à pressão exterior. Um subterfúgio.

       Dizer que está sendo resiliente pode ser apenas uma racionalização útil para ocultar a sua falta de atitude. Você só está se enganando!

       Claro que se adaptar às vezes é útil e em muitos casos até benéfico. Fazemos e resolvemos muitas coisas mais rápido quando nos juntamos a outros. Certos processos já testados por outros, só precisam ser seguidos e assim economizamos muito tempo. 

       Mas não é sempre assim. Há situações-limite.

       E quando a situação na qual você estiver inserido não lhe estiver trazendo benefício algum? Haverá situações em que o único infeliz, incomodado e desjustado será você. E aí?
     
       Nessas horas, o seu projeto pessoal, fruto de uma necessidade profunda e legítima será negado ou você se inspirará nele para se rebelar?  
       
       Referências e apoio externas é tudo o que você não vai encontrar

       Enquanto você olhar para fora, você estará perdido. Lá de fora muito provavelmente não virá nada que se coadune ou se identifique com o que se passa em seu mundo interior.

       E então?


2 -  Será mesmo que "Não tá fácil prá ninguém" ?

      É certeza que você já ouviu, leu, viu memes falando disso. É alguém vestido de super-herói pegando o metrô ou algum anônimo que lembra um astro de rock tomando um café com leite numa birosca qualquer. E lá estará a legenda "não tá fácil prá ninguém". 

       Se a ideia fosse apenas uma "zoeira" do mundo digital, tudo bem. 
       Mas, não. Isso expressa o senso comum de como devemos lidar com as coisas, com as dificuldades da vida.
       A mensagem subjacente é "se ele que é poderoso/famoso/rico aguenta, por que eu que sou um nada deveria me revoltar?". 
       Esse mantra hipnotizante que parece afirmar a dificuldade da vida para todos igualmente, é falso.

       Mas por que exatamente fazemos isso? De novo, com a palavra o Dr. Shpancer:

O que nos mantém confinados ao cálido conformismo são duas deixas ainda que independentes, relacionados em termos sociais. Primeiro, a gente se volta para os outros para saber o que está acontecendo (deixas informativas). Segundo, a gente se baseia nos outros para saber o que fazer com a informação (deixas normativas).

     Assim mantemos e desenvolvemos um comportamento de acordo com o que vemos.

      "Está difícil, é verdade.  Mas não é só comigo. Todo mundo está no mesmo barco."


Conformismo, o que você precisa saber [2017]
Se a conoa não virar...eu chego lá!

       Será?  
       Você realmente acredita nisso? 
       Que todo mundo lá fora está tão mal quanto você?

       E se fosse verdade? Todos no mundo sofrendo as mesmas mazelas. 
       Só porque um grupo imenso de pessoas está vivendo uma situação ruim (submetidos a humilhações, trabalho escravo, abuso de poder), não quer dizer que isso seja correto ou, indo mais fundo, saudável.

       O mal estar, seja coletivo ou individual, é o sinal interior de que algo precisa ser mudado.

       Há sinais exteriores também. Aqueles que lá fora, talvez uma minoria, que estão vivendo em condições melhores e mais dignas.

       O fato inegável é: para alguns a vida sempre será mais fácil. 
       E o caso de isso ser uma exceção, um privilégio, é um motivo fortíssimo para que chamemos a atenção sobre essa questão a cada oportunidade.

       Todos lutam, mas os combates não são os mesmos nem em quantidade nem em intensidade. 
       E o arsenal de recursos disponível não é o mesmo também. É por isso que todo discurso legitimador da meritocracia é um contrassenso absoluto.

       Veja como o poder do conformismo é nefasto. Ele nos faz aceitar até o sofrimento, desde que tenhamos outros com quem nos solidarizar. 
       O ajustamento sempre parecerá mais fácil e normal.
       Ouviremos dos outros muitos conselhos nesse sentido, até daqueles que nos amam. 
       Outras vezes os dissuasivos virão daqueles que já estão ajustados, talvez porque muitos deles querem ter certeza que a sua triste situação é imutável de verdade. Afinal, vai que alguém ao se mexer, prove que tudo poderia mudar.

      Só não devemos ouvir essas pessoas e suas campanhas alienadoras. 

       Precisamos sintonizar com nossas necessidades mais íntimas e deixar que elas, sim, nos guiem como bússolas internas sobre quais passos devemos dar para desencadear a rebeldia transformadora e geradora de novos mundos. 


3 - O sofrimento é uma escola?

       Essa é outra fantasia que o senso comum cria em torno do conformismo para que ele se confunda com resiliência

       Oras, é preciso que se diga o óbvio, que ninguém persegue o sofrimento, mas foge dele? 
       Logo, ele não é como um curso ou técnica que de fato procuramos e nos quais nos inscrevemos, para com eles aprendermos e crescer.
Conformismo, o que você precisa saber [2017]
Sofrimento é apenas sofrimento!

        O sofrimento, alguém já disse, só nos ensina a sofrer. Ele é estéril em si. 
        Exemplos. O que uma moça que foi estuprada tira de bom dessa experiência? Que crescimento obtém um indivíduo ao perder toda a sua família num acidente de trânsito do qual ele é o único sobrevivente? 

       Marcel Camargo do site O Segredo, soube enfatizar o que o sofrimento deve ser para cada um:

Cada pessoa sente o mundo, os acontecimentos, a vida, de um jeito próprio, ajeitando aquilo tudo conforme o que possui dentro de si, de acordo com o que vem se tornando enquanto a vida lhe envia as bagagens. Ninguém sente igual, nem dor nem prazer, o que nos impede de querer que o outro aja como achamos que deveria ou como nós mesmos agiríamos. E quem disse que o que pensamos é o mais correto? É muita presunção mesmo.

       E então, se o sofrimento nada nos ensina, para que ele serve, afinal?

       O sofrimento no máximo é a ocasião na qual o nosso senso de dignidade e necessidade nos faz lançar mão de todos os elementos disponíveis para inventar uma saída dele.

        Se tem uma coisa que nos faz crescer e aprender é a criatividade humana, estimulada pela busca de sentido. 

       A vida tem de fazer sentido.

       E o que é sentido?

       Sentido é tudo o que transforma o existir em algo que valha a pena. É tudo o que nos dá alegria e torna a existência bonita. 
       Sabe quando dizemos "isso é que é vida"? Pois é. Intuitivamente todos sabemos quando estamos vivendo ou apenas acumulando anos, vendo o tempo passar.

       Pode ser uma profissão, um relacionamento, uma descendência, uma mudança de ambiente (emprego, vizinhança, escola). Todos esses elementos precisam ter sentido. Precisam gerar vida.

       Mas o sentido não pode ser ditado exteriormente. Ele tem de surgir dentro de nós. 

       É você quem diz "o que faz você feliz".

       A depressão (mais precisamente a depressão reativa) é a dor de apenas existir, como li num artigo recente. 

       Portanto se você caiu na moda de chamar alguém cronicamente triste de depressivo, antes de achar que ela precisa de psicotrópicos, tente ver antes se essa pessoa está vivendo de verdade ou apenas existindo. 
       "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"?
       Eis um adágio usado e abusado, talvez em nada de acordo com a intenção original do autor (seria o poeta português Fernando Pessoa). 

       Que coisa absurda. É claro que nem tudo vale a pena. Um assalto, uma doença degenerativa ou terminal, abusos de todo tipo. Qual o valor de tudo isso?
       
       O que vale a pena é o que você faz ou tenta fazer para escapar das dores e desgraças, e não todas as lutas, dores e desgraças das quais somos muitas vezes apenas vítimas. 
       Há lutas que são esforços. Há lutas que são apenas sacrifícios sem sentido. Aprenda a diferenciá-las o quanto antes!


4 - Só devemos "nos conformar" à vida. 

       A verdade é uma só: buscamos viver! E qualquer resiliência nossa precisa estar sempre comprometida com esse único objetivo.

       Tudo o que fazemos é para nos gerar mais vida, mais alegria, mais beleza. Não somente mais anos, embora às vezes ter mais tempos seja uma pré-condição. 

       É curioso que, embora naturalmente tendamos a nos conformar, a fuga ao sofrimento também se mostra natural, ainda que de modo inconsciente. 
       Nos rebelamos esquecendo, adoecendo, faltando, desmaiando, não dormindo, nos deprimindo perante os compromissos impostos.

       Já que adoramos nos conformar, ao invés de continuarmos nos submetendo à sobrevida que o conformismo tradicional nos proporciona,
que tal nos conformarmos à vida? 

       É a sensação de estarmos crescendo, aprendendo, nos expandindo, tendo experiências emocionantes positivas que nos identifica como viventes.
      Desde que chegamos a esse mundo só queremos naturalmente uma coisa, sentir prazer. 

      A vida tem de ser prazerosa. Se tal elemento faltar, só  a saúde, a família, os amigos, o trabalho, não são suficientes para manter a chama acessa. Eles no máximo prenderão você. Mas prisão não é sinônimo de vida. Quantas pessoas têm tudo isso e se suicidam?

       Claro que com o tempo vamos percebendo que o prazer tem de ser mais que um fim em si. Ele precisa nos ajudar a crescer e não nos deixar felizes apenas na hora como uma droga qualquer. A felicidade que ele proporciona tem de durar, por isso ele tem de nos edificar.

       Nas festas de aniversário, quando cantamos parabéns e falamos "muitos anos de vida", isso pode indicar que só queremos mais anos, mais tempo de existência. Pode parecer que é só isso mesmo. Mas não é assim, ainda que não percebamos.

       "Muitas felicidades e muitos anos de vida", a ênfase nesses termos se traduz em mais alegria, mais beleza, mais prazer, isto é, mais experiências boas que preencham os nossos anos. 

       Uma analogia. Anos são como copos, talheres e pratos. 

       Imagine, então, você não ter o que comer ou saborear com eles. Servirão para quê? Enfeite? Será mesmo que todos os copos, pratos e talheres da sua casa só estão aí por enfeite?

       Se não tem o que você saborear com eles, eles não servem para nada.

       Mas sabe o que é pior? É que pode ser que eles "sirvam". Sirvam para nos lembrar que não temos o que pôr neles. Nos lembram do quanto eles não fazem sentido. Do quanto são inúteis. 
       Assim como podem ser as horas, os dias e os anos de alguém. Pode ser que eles só sirvam para mostrar que ficamos a meio caminho do prazer: temos o tempo, mas não temos com que preenchê-lo.

5 - Viver deve ser sinônimo de felicidade!

       Ghandi tinha razão. Quer que o mundo mude? Comece mudando você.
       Sua vida nunca vai ser diferente enquanto você não mudar aquilo que precisa mudar. 
       Pode ser uma situação, uma atitude que deve ser tomada. Talvez você precise alterar uma série de comportamentos. Eu não sei quais são. Mas você sabe.

       Não adianta inventar desculpas. Sua "resiliência" pode lhe consolar por hoje. Mas tudo o que precisa ser feito, alterado, transformado, destruído até, continua lá. Está esperando a sua ação. 
       É, é isso aí mesmo que você está pensando, olhando, tocando. 

       Há quanto tempo você está adiando isso, não é mesmo?

       Tudo parece igual, monótono, repetitivo, tedioso. Às vezes você pensa "Por que será que os dias parecem todos iguais?" 

       Simples. O que precisa ser mudado está sendo substituído por gestos que não levam você a nada. É como uma arrumação que você precisasse fazer. Você pode fugir, mas a bagunça continuaria lá.

       Nós, você, qualquer um, temos em nossas vidas coisas para resolver, coisas que por mais que neguemos, ignoremos, afastemos, vamos ter de encarar uma hora ou outra.
       Enquanto essas atitudes específicas não forem tomadas, tudo permanecerá exatamente do jeito que está.

       E você sabe disso. Todos sabemos.

       Vai doer. Mas é preciso. É necessário. É vital.

Conformismo, o que você precisa saber [2017]
Vamos? Tá esperando o quê?



Até mais!

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