Olá, pessoal!
A realidade da vida é impessoal e incontrolável. Isso significa que você até pode decidir a sua jogada, mas é a vida que dá as cartas.
Dizemos isso de partida para apresentar a nossa convidada desta semana, cujo texto, se traduzido literalmente, diz o seguinte:
"Por que eu não vou dizer para você não se importar com o que pensam as outras pessoas"
E o título é mais importante porque pode parecer que estamos fazendo gol contra. Afinal, neste blog, tudo o que não priorizamos é o viver para satisfazer os outros.
Mas, quando você pegar o "espírito da coisa", verá que tem tudo a ver com a essência do nosso blog: você não deve viver para agradar, mas também não precisa fazer inimigos.
Neste blog somos coerentes, não por um capricho pessoal. Mas porque visamos estar sempre alinhados às complexas exigências da realidade. É ela que tem a última palavra aqui. E quando ela diz como as coisas funcionam, a gente acata, se adapta e age de acordo.
Johanna Schram, a nossa convidada da semana, é uma dessas pessoas que está sempre "lutando para encontrar as respostas para a vida", porque de fato, como todos nós, ninguém tem respostas absolutas e definitivas sobre esse fenômeno tão fantástico no qual somos inseridos sem nem nos darmos conta. Um dia apenas olhamos em volta e percebemos: eu sou um ser vivente.
Como ela diz em seu blog, ela quer apenas dividir suas experiências e saber também das experiências de outros, companheiros na jornada do autoconhecimento.
Veja você, eu costumava pensar que tinha de deixar todo mundo feliz e saber todas as respostas. Eu tinha medo de tentar algo novo porque eu tinha medo de errar. Deixava de lado as minha emoções porque achava que não era como eu deveria me sentir. Eu corria para alcançar objetivos que eu pensava ser o que os outros esperavam de mim, e depois me perguntava por que as conquistas não me satisfaziam.
Será que sou a única?
Certamente, não.
Essa é a luta de todos nós, conscientes disso ou não.
Como dizemos sempre em nosso blog, a vida é uma experiência de convivência. Só precisamos entender as regras desse jogo adequadamente para não nos perdermos em seus labirintos.
Em seu texto, Johanna nos põe a seguinte questão:
Até que ponto me importar ou não com a opinião alheia atrapalha a minha autonomia e facilita a minha conexão com os outros?
Se alguma vez você já tentou se impor, "nadar contra a maré, você deve ter batido de frente com essa questão. Afinal, ser sinceramente quem somos, vai de algum modo impactar ou até obstaculizar a nossa convivência ou não?
Johanna nos leva a pensar e entender como esse processo funciona. Ela faz a gente compreender porque viver nos extremos - ser um papel ao vento ou um poço de arrogância - não são opções saudáveis, e pelas mesmas razões.
*(Por isso os tópicos terão o mesmo nome. Não é você que se perdeu na página, não!)*.
Se você já quiser um resumo do texto, eu diria: Respeite-se, mas não se torne uma ilha.
Quer refletir um pouco mais sobre isso? Nós e Johanna Schram lhe convidamos a vir conosco:
*Texto original
"Eu quase não tingi as pontas do meu cabelo de roxo há alguns anos porque estava preocupada demais com o que as outras pessoas poderiam pensar. Enquanto mudar a cor de cabelo era algo novo para mim, o fato de basear minhas decisões nas opiniões de outras pessoas não era.
Eu tendo a olhar para os outros buscando sinais de como eu devo pensar e agir. Às vezes, isso aparece em coisas bobas, como opiniões sobre filmes, música ou roupas.
Mas até quando eu levanto grandes questões sobre a vida, meu primeiro impulso é muitas vezes imaginar o que outras pessoas acham que eu deveria fazer.
É uma tendência humana natural querer obter a aprovação dos outros. Tememos ser rejeitados e forçados a enfrentar os desafios da vida totalmente sozinhos. Embora possamos ter bons motivos para satisfazer as expectativas, basear as nossas vidas no que outras pessoas pensam tem suas desvantagens.
Leia também: 6 gatilhos para a felicidade
É solitário.
Quando mudo para falar e agir como os outros pensam que eu deveria, não deixo que as pessoas vejam o meu verdadeiro eu.
E para quem gosta de mim, os benefícios são menores, se a pessoa que eles gostam não é realmente quem eu sou.
Quando alguém se conecta com uma versão fingida de mim, é um desencontro com minha necessidade muito real de me fazer conhecer.
Isso dificulta a auto-expressão.
Quando baseio minhas escolhas sobre o que outras pessoas pensam, as coisas que escolho muitas vezes não refletem com precisão minhas próprias preferências. Eu vivo minha vida o tanto quanto possível evitando ofender alguém. Eu perco por não mostrar aos outros o que realmente me interessa, e o mundo perde o que eu tenho para dar.
Informações valiosas ficam de fora.
Quando dou muito peso às opiniões de outras pessoas, negligencio uma opinião muito importante - a minha.
Pode haver muitos bons conselhos lá fora, mas eu sou o única que pode decidir o que é melhor para mim. Se de forma repetida, anulo minha própria opinião, se reforça a crença de que meus pensamentos não valem tanto quanto os alheios.
Limita o crescimento.
Quando busco nos outros as minhas respostas, não tenho que fazer o trabalho duro de enfrentar as minhas próprias questões.
Eu não me responsabilizo já que é mais conveniente poder culpar a pessoa cujas opiniões eu estou seguindo.
Em vez de se me expandir para me tornar mais plenamente quem sou, continuo me submetendo à ideia dos outros de como devo ser.
Estar constantemente tentando corresponder as expectativas das outras pessoas é uma maneira dolorosa e insatisfatória de viver.
Para contrariar isso, um conselho comum é não dar a mínima ao que qualquer um pensa.
Eu tenho que admitir, depois da pressão de tentar agradar a todos, a ideia de desconsiderar todos aqueles pensamentos externos parece um alívio.
Claro, é difícil fazer uma mudança tão extrema de uma só vez, mas eu tentei. Eu tentei me exibir nos eventos sociais sem me importar com o que alguém pensava de mim, só para passar aquela impressão de altivez e arrogância.
Leia também: Os 10 benefícios do autoconhecimento
Eu tentei falar sobre coisas que me interessam sem se importar com o que alguém achasse. Mas, em vez de toda aquela abertura me aproximar deles, eu ia me sentindo cada vez mais rígida perante os que me ouviam.
O fato é que não se preocupar com o que outras pessoas pensam não é o mesmo que aprender a valorizar o que penso.
Posso me fechar ao pensamento de todo mundo e ainda continuar interioremente sentindo que tenho pouco valor.
As desvantagens de não se preocupar com o que as outras pessoas pensam acabam sendo bem familiares:
Para não me importar, acabo não deixando nada entrar. Não posso deixar que os pensamentos de alguém se aproximem o suficiente para me tocar. Seja como for - se estou superestimando a minha própria identidade ou se estou erguendo uma barreira entre nós - não é uma conexão entre seres humanos que está ocorrendo.
Leia também: 5 características da pessoa expansiva
Quando não me importo com o que as pessoas pensam, não estou consciente de como as minhas palavras e ações as impactam. Eu ajo como se eu fosse superior a elas. E talvez eu nem note o rastro de dor ou inconveniência que vou deixando.
Uma parte crucial dos relacionamentos é conhecer e ser conhecido, ouvir e ser ouvido. Imaginar que ninguém se importa com o que eu penso, dá um sensação incrível de solidão. E vamos encarar, se eu não me importo com o que alguém pensa, porque ele vai querer ser meu amigo?
O fato é que minhas conexões com outras pessoas são parte de quem eu sou. Fazer a diferença na vida de outras pessoas é um ingrediente chave para as coisas que mais me importam.
Seria menos arriscado se ao me doar, eu não me importasse com as reações, mas essa mesma falta de envolvimento tornaria minhas ações menos satisfatórias.
Muitas vezes, as ideias mais difíceis de ouvir provêm das pessoas que eu considero mais. Elas me conhecem melhor e, não só têm as mais melhores opiniões sobre o que devo fazer, mas também tem uma noção mais clara sobre quem eu sou.
Embora seus pensamentos nem sempre sejam úteis, agradeço às pessoas que estiverem dispostas a compartilhar aquele "insight" que elas sabem que eu não queria ouvir.
Às vezes, eu preciso de uma perspectiva externa para me ajudar a ver que o que estou fazendo não se alinha com quem eu digo ser e aonde quero chegar.
O lance é, não se preocupar com o que os outros pensam não é apenas ignorar o que nos prejudica. É que eu acabo perdendo o encorajamento, um retorno positivo e as ideias que me desafiam também. Eu não posso ouvir as pessoas somente quando dizem o que eu quero ouvir.
Leia também: Você não "tem que"...
Eu deixo tudo lá fora, sem ter de discernir o que vou ou não permitir. E assim não preciso lidar respeitosamente com as perspectivas dos outros, sem sacrificar as minhas.
Mas novas possibilidades só surgem de diferentes opiniões. Eu posso aprender muito com as visões e experiências de outras pessoas. Elas me desafiam a analisar e refinar as minhas próprias ideias.
E felizmente, minhas opções não deixam nem que eu me perca tentando agradar aos outros, nem que eu viva sem me preocupar com o jeito como as minhas palavras e ações afetam quem está em volta.
Eu posso me importar com os pensamentos e opiniões alheias, sem deixar que elas me definam.
A resposta não é escolher entre dois extremos, mas aprender a viver na tensão entre eles. Eu ainda sou certinha demais, indo e vindo entre o se importar demais e de menos. Com a prática, será mais fácil encontrar um equilíbrio, mas duvido que a luta desapareça completamente.
Ao invés de tentar decidir se eu me importo ou não, estou aprendendo a ver como eu quero responder. E tudo fica mais claro quando coloco as seguintes questões.
a) Que tipo de relação é essa?
Claro, nem sempre me importo com o que todos pensam. Existem diferentes níveis de relacionamento. Algumas pessoas simplesmente não me conhecem ou nem me interessam o suficiente a ponto de suas opiniões terem relevância.
Por outro lado, há pessoas que querem o melhor para mim. Só porque estou próximo a alguém não significa que eu vou concordar com o que ele pensa, mas vou me esforçar mais em considerar as intenções de quem se mostra preocupado comigo.
b) Qual é a intenção?
Embora eu não possa saber com certeza as intenções de outra pessoa, posso considerar se estão tentando me ajudar ou me machucar. Eu tento ver o melhor, mas pode ser mais inteligente desconsiderar a opinião de alguém que está tentando me derrubar.
Mesmo aqueles que tentam honestamente ajudar, nem sempre têm os motivos mais puros.
Às vezes, eles podem querer me ver fazer o que pensam ser o mais seguro para mim, segundo a ideia de sucesso deles. Agradecerei pelas suas intenções, mas seguirei o meu caminho.
c) Isso é útil?
Os pensamentos de outras pessoas são dados a serem considerados. Assim como meus próprios pensamentos, no entanto, algumas ideias são mais úteis do que outras. Eu não tenho que ver os pensamentos de ninguém como a verdade sobre quem eu deveria estar para aprender com eles. Normalmente, eu posso aprender - mesmo que seja que não posso fazer todos felizes.
Leia também: 10 razões para não virar amante
d) O que eu acho?
A verdadeira questão não é se eu me importo com o que outras pessoas pensam, mas quanto eu valorizo o que penso.
Quando eu valorizo meus próprios pensamentos e opiniões, também posso me me voltar para os dos outros, sem me deixar definir por eles.
Há uma diferença entre ligar para o que alguém pensa e aceitar isso como verdade. Eu posso ouvir o que os outros têm a dizer e ainda tomar minhas próprias decisões.
Se eu me importo pouco ou muito, as minhas respostas aindas serão determinadas pelos pensamentos alheios e a minha identidade será moldada a partir deles.
É preferível me concentrar e aprender a apreciar meus próprios pensamentos mais plenamente, para só assim ser capaz de me ocupar com as ideias alheias, sem sacrificar quem eu sou.
E você?
Tende a se preocupar muito ou pouco sobre o que os outros pensam?
O que você acha mais útil ao avaliar seus próprios pensamentos?"
Até mais!
Site da autora
Texto original
Leia também:
Os 10 benefícios do autoconhecimento
5 características da pessoa expansiva
Você não "tem que"...
10 razões para não virar amante
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Você só precisa ser. Mas não ser só! |
A realidade da vida é impessoal e incontrolável. Isso significa que você até pode decidir a sua jogada, mas é a vida que dá as cartas.
Dizemos isso de partida para apresentar a nossa convidada desta semana, cujo texto, se traduzido literalmente, diz o seguinte:
"Por que eu não vou dizer para você não se importar com o que pensam as outras pessoas"
E o título é mais importante porque pode parecer que estamos fazendo gol contra. Afinal, neste blog, tudo o que não priorizamos é o viver para satisfazer os outros.
Mas, quando você pegar o "espírito da coisa", verá que tem tudo a ver com a essência do nosso blog: você não deve viver para agradar, mas também não precisa fazer inimigos.
Neste blog somos coerentes, não por um capricho pessoal. Mas porque visamos estar sempre alinhados às complexas exigências da realidade. É ela que tem a última palavra aqui. E quando ela diz como as coisas funcionam, a gente acata, se adapta e age de acordo.
Johanna Schram, a nossa convidada da semana, é uma dessas pessoas que está sempre "lutando para encontrar as respostas para a vida", porque de fato, como todos nós, ninguém tem respostas absolutas e definitivas sobre esse fenômeno tão fantástico no qual somos inseridos sem nem nos darmos conta. Um dia apenas olhamos em volta e percebemos: eu sou um ser vivente.
Como ela diz em seu blog, ela quer apenas dividir suas experiências e saber também das experiências de outros, companheiros na jornada do autoconhecimento.
Veja você, eu costumava pensar que tinha de deixar todo mundo feliz e saber todas as respostas. Eu tinha medo de tentar algo novo porque eu tinha medo de errar. Deixava de lado as minha emoções porque achava que não era como eu deveria me sentir. Eu corria para alcançar objetivos que eu pensava ser o que os outros esperavam de mim, e depois me perguntava por que as conquistas não me satisfaziam.
Será que sou a única?
Certamente, não.
Essa é a luta de todos nós, conscientes disso ou não.
Como dizemos sempre em nosso blog, a vida é uma experiência de convivência. Só precisamos entender as regras desse jogo adequadamente para não nos perdermos em seus labirintos.
Em seu texto, Johanna nos põe a seguinte questão:
Até que ponto me importar ou não com a opinião alheia atrapalha a minha autonomia e facilita a minha conexão com os outros?
Se alguma vez você já tentou se impor, "nadar contra a maré, você deve ter batido de frente com essa questão. Afinal, ser sinceramente quem somos, vai de algum modo impactar ou até obstaculizar a nossa convivência ou não?
Johanna nos leva a pensar e entender como esse processo funciona. Ela faz a gente compreender porque viver nos extremos - ser um papel ao vento ou um poço de arrogância - não são opções saudáveis, e pelas mesmas razões.
*(Por isso os tópicos terão o mesmo nome. Não é você que se perdeu na página, não!)*.
Se você já quiser um resumo do texto, eu diria: Respeite-se, mas não se torne uma ilha.
Quer refletir um pouco mais sobre isso? Nós e Johanna Schram lhe convidamos a vir conosco:
*Texto original
"Eu quase não tingi as pontas do meu cabelo de roxo há alguns anos porque estava preocupada demais com o que as outras pessoas poderiam pensar. Enquanto mudar a cor de cabelo era algo novo para mim, o fato de basear minhas decisões nas opiniões de outras pessoas não era.
Eu tendo a olhar para os outros buscando sinais de como eu devo pensar e agir. Às vezes, isso aparece em coisas bobas, como opiniões sobre filmes, música ou roupas.
Mas até quando eu levanto grandes questões sobre a vida, meu primeiro impulso é muitas vezes imaginar o que outras pessoas acham que eu deveria fazer.
É uma tendência humana natural querer obter a aprovação dos outros. Tememos ser rejeitados e forçados a enfrentar os desafios da vida totalmente sozinhos. Embora possamos ter bons motivos para satisfazer as expectativas, basear as nossas vidas no que outras pessoas pensam tem suas desvantagens.
Leia também: 6 gatilhos para a felicidade
É solitário.
Quando mudo para falar e agir como os outros pensam que eu deveria, não deixo que as pessoas vejam o meu verdadeiro eu.
E para quem gosta de mim, os benefícios são menores, se a pessoa que eles gostam não é realmente quem eu sou.
Quando alguém se conecta com uma versão fingida de mim, é um desencontro com minha necessidade muito real de me fazer conhecer.
Isso dificulta a auto-expressão.
Quando baseio minhas escolhas sobre o que outras pessoas pensam, as coisas que escolho muitas vezes não refletem com precisão minhas próprias preferências. Eu vivo minha vida o tanto quanto possível evitando ofender alguém. Eu perco por não mostrar aos outros o que realmente me interessa, e o mundo perde o que eu tenho para dar.
Informações valiosas ficam de fora.
Quando dou muito peso às opiniões de outras pessoas, negligencio uma opinião muito importante - a minha.
Pode haver muitos bons conselhos lá fora, mas eu sou o única que pode decidir o que é melhor para mim. Se de forma repetida, anulo minha própria opinião, se reforça a crença de que meus pensamentos não valem tanto quanto os alheios.
Limita o crescimento.
Quando busco nos outros as minhas respostas, não tenho que fazer o trabalho duro de enfrentar as minhas próprias questões.
Eu não me responsabilizo já que é mais conveniente poder culpar a pessoa cujas opiniões eu estou seguindo.
Em vez de se me expandir para me tornar mais plenamente quem sou, continuo me submetendo à ideia dos outros de como devo ser.
Estar constantemente tentando corresponder as expectativas das outras pessoas é uma maneira dolorosa e insatisfatória de viver.
Para contrariar isso, um conselho comum é não dar a mínima ao que qualquer um pensa.
Eu tenho que admitir, depois da pressão de tentar agradar a todos, a ideia de desconsiderar todos aqueles pensamentos externos parece um alívio.
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Ser autossuficiente não é viver isolado! |
Claro, é difícil fazer uma mudança tão extrema de uma só vez, mas eu tentei. Eu tentei me exibir nos eventos sociais sem me importar com o que alguém pensava de mim, só para passar aquela impressão de altivez e arrogância.
Leia também: Os 10 benefícios do autoconhecimento
Eu tentei falar sobre coisas que me interessam sem se importar com o que alguém achasse. Mas, em vez de toda aquela abertura me aproximar deles, eu ia me sentindo cada vez mais rígida perante os que me ouviam.
O fato é que não se preocupar com o que outras pessoas pensam não é o mesmo que aprender a valorizar o que penso.
Posso me fechar ao pensamento de todo mundo e ainda continuar interioremente sentindo que tenho pouco valor.
As desvantagens de não se preocupar com o que as outras pessoas pensam acabam sendo bem familiares:
É solitário!
Quando eu me importo demais com o que as outras pessoas pensam, só mostra que eu não imponho limites. Todavia, ao não me importar não estabeleço limites. Estou levantando barreiras!Para não me importar, acabo não deixando nada entrar. Não posso deixar que os pensamentos de alguém se aproximem o suficiente para me tocar. Seja como for - se estou superestimando a minha própria identidade ou se estou erguendo uma barreira entre nós - não é uma conexão entre seres humanos que está ocorrendo.
Leia também: 5 características da pessoa expansiva
Quando não me importo com o que as pessoas pensam, não estou consciente de como as minhas palavras e ações as impactam. Eu ajo como se eu fosse superior a elas. E talvez eu nem note o rastro de dor ou inconveniência que vou deixando.
Uma parte crucial dos relacionamentos é conhecer e ser conhecido, ouvir e ser ouvido. Imaginar que ninguém se importa com o que eu penso, dá um sensação incrível de solidão. E vamos encarar, se eu não me importo com o que alguém pensa, porque ele vai querer ser meu amigo?
Isso dificulta a auto-expressão!
Pode parecer que não se importar com o que outros pensam me daria total liberdade para ser plenamente eu mesma. Isso realmente não se verifica. Honestamente, quando não me importo com o que as outras pessoas pensam, eu me sinto e ajo como um idiota, e isso simplesmente não sou eu.O fato é que minhas conexões com outras pessoas são parte de quem eu sou. Fazer a diferença na vida de outras pessoas é um ingrediente chave para as coisas que mais me importam.
Seria menos arriscado se ao me doar, eu não me importasse com as reações, mas essa mesma falta de envolvimento tornaria minhas ações menos satisfatórias.
Informações valiosas ficam de fora!
Não se importar com o que as outras pessoas acham dá espaço para que eu comece a prestar mais atenção ao que penso, mas isso custa informações valiosas. Perco o que posso aprender com os pensamentos de outras pessoas.Muitas vezes, as ideias mais difíceis de ouvir provêm das pessoas que eu considero mais. Elas me conhecem melhor e, não só têm as mais melhores opiniões sobre o que devo fazer, mas também tem uma noção mais clara sobre quem eu sou.
Embora seus pensamentos nem sempre sejam úteis, agradeço às pessoas que estiverem dispostas a compartilhar aquele "insight" que elas sabem que eu não queria ouvir.
Às vezes, eu preciso de uma perspectiva externa para me ajudar a ver que o que estou fazendo não se alinha com quem eu digo ser e aonde quero chegar.
O lance é, não se preocupar com o que os outros pensam não é apenas ignorar o que nos prejudica. É que eu acabo perdendo o encorajamento, um retorno positivo e as ideias que me desafiam também. Eu não posso ouvir as pessoas somente quando dizem o que eu quero ouvir.
Leia também: Você não "tem que"...
Limita o crescimento!
Quando eu construo barreiras em vez de estabelecer limites, não tenho de conversar sobre as minhas necessidades e preferências.Eu deixo tudo lá fora, sem ter de discernir o que vou ou não permitir. E assim não preciso lidar respeitosamente com as perspectivas dos outros, sem sacrificar as minhas.
Mas novas possibilidades só surgem de diferentes opiniões. Eu posso aprender muito com as visões e experiências de outras pessoas. Elas me desafiam a analisar e refinar as minhas próprias ideias.
E felizmente, minhas opções não deixam nem que eu me perca tentando agradar aos outros, nem que eu viva sem me preocupar com o jeito como as minhas palavras e ações afetam quem está em volta.
Eu posso me importar com os pensamentos e opiniões alheias, sem deixar que elas me definam.
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Não precisa ser só você! |
A resposta não é escolher entre dois extremos, mas aprender a viver na tensão entre eles. Eu ainda sou certinha demais, indo e vindo entre o se importar demais e de menos. Com a prática, será mais fácil encontrar um equilíbrio, mas duvido que a luta desapareça completamente.
Ao invés de tentar decidir se eu me importo ou não, estou aprendendo a ver como eu quero responder. E tudo fica mais claro quando coloco as seguintes questões.
a) Que tipo de relação é essa?
Claro, nem sempre me importo com o que todos pensam. Existem diferentes níveis de relacionamento. Algumas pessoas simplesmente não me conhecem ou nem me interessam o suficiente a ponto de suas opiniões terem relevância.
Por outro lado, há pessoas que querem o melhor para mim. Só porque estou próximo a alguém não significa que eu vou concordar com o que ele pensa, mas vou me esforçar mais em considerar as intenções de quem se mostra preocupado comigo.
b) Qual é a intenção?
Embora eu não possa saber com certeza as intenções de outra pessoa, posso considerar se estão tentando me ajudar ou me machucar. Eu tento ver o melhor, mas pode ser mais inteligente desconsiderar a opinião de alguém que está tentando me derrubar.
Mesmo aqueles que tentam honestamente ajudar, nem sempre têm os motivos mais puros.
Às vezes, eles podem querer me ver fazer o que pensam ser o mais seguro para mim, segundo a ideia de sucesso deles. Agradecerei pelas suas intenções, mas seguirei o meu caminho.
c) Isso é útil?
Os pensamentos de outras pessoas são dados a serem considerados. Assim como meus próprios pensamentos, no entanto, algumas ideias são mais úteis do que outras. Eu não tenho que ver os pensamentos de ninguém como a verdade sobre quem eu deveria estar para aprender com eles. Normalmente, eu posso aprender - mesmo que seja que não posso fazer todos felizes.
Leia também: 10 razões para não virar amante
d) O que eu acho?
A verdadeira questão não é se eu me importo com o que outras pessoas pensam, mas quanto eu valorizo o que penso.
Quando eu valorizo meus próprios pensamentos e opiniões, também posso me me voltar para os dos outros, sem me deixar definir por eles.
Há uma diferença entre ligar para o que alguém pensa e aceitar isso como verdade. Eu posso ouvir o que os outros têm a dizer e ainda tomar minhas próprias decisões.
Se eu me importo pouco ou muito, as minhas respostas aindas serão determinadas pelos pensamentos alheios e a minha identidade será moldada a partir deles.
É preferível me concentrar e aprender a apreciar meus próprios pensamentos mais plenamente, para só assim ser capaz de me ocupar com as ideias alheias, sem sacrificar quem eu sou.
E você?
Tende a se preocupar muito ou pouco sobre o que os outros pensam?
O que você acha mais útil ao avaliar seus próprios pensamentos?"
![]() |
Muitas vezes, é uma questão de equilíbrio! |
Até mais!
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Os 10 benefícios do autoconhecimento
5 características da pessoa expansiva
Você não "tem que"...
10 razões para não virar amante
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