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3 fontes de sofrimento para se evitar em 2018 - PARTE 3

Olá, pessoal!


cresceretranscender.blogspot.com.br
2018: seja realista!


       Sabe porque acreditamos demais nas coisas e nas pessoas? Sabe por que idealizamos demais a vida e as situações? Sabe?

       Nós achamos que você sabe. É a razão pela qual criamos esse blog. 

       Ah, você, "desbravador", já sacou, não é? 

       Opa, temos alguns aí lendo que não entenderam a piada interna? Calma, calma, calma que já vamos explicar tudinho. É o que a gente mais gosta de fazer por aqui. Mas aqui a gente explica provocando. E esse texto em três partes foi o modo que escolhemos para fazer isso antes que se inicie um novo ciclo para todos nós.

       Eis que a resposta é: a terceira fonte de sofrimento

       É o cúmulo dos erros. 
       
       É a origem de todo mal. 

       Sem ela, talvez haveria dores, mas essas estariam mais integradas à complexidade estrutural da vida.

       Ok, então qual é o maior dos erros que nos geram tanto sofrimento? 

       Simples...



3 - Nós negamos a realidade 


       Ah, vai dizer que você já não tinha antecipado que a causa de todas as nossas crendices e fantasias é viver longe da realidade?

       Ah, pode confessar, você já havia entendido. Você já sabia o que ia ler aqui. É o que sempre dizemos por aqui: tudo sempre deve girar em torno da realidade

       Se você não estava acostumado com o nosso blog, e é a sua primeira vez aqui, ok, a gente entende. Aí fora, encontrar quem nos "mande a real", quem nos mostre as coisas como elas são, é raro. Tudo bem.

       Mas se você é do time que já conhecia o nosso blog, mas não percebeu onde toda essa nossa conversa ia parar....Porque será que você não viu? Por que será que você não viu ou reconheceu o óbvio?

        Exato! Isso mesmo. 

       Foi porque você negou a realidade

       É o que sempre fazemos. Para não doer, para não nos frustrarmos, para nos sentirmos melhor. 

       Mas aí é que está: o que mais pretendemos evitar, aquilo do que mais tentamos fugir - sofrimento - é o que mais produzimos e fomentamos na nossa vida, toda vez que negamos a realidade

       Não é uma desgraça? 

       Você já deve estar aí, preparado para a meia-noite (se estiver lendo isso já em 2O18, vale também!), esperando aquela resposta à sua mensagem que já foi visualizada mas não foi respondida, mas você prefere arrumar uma desculpa... Aceite, ele ou ela não está nem aí para você. Está lá com outra/o.

       Você sabia que aquela pessoa não era tão perfeito/a. Ninguém é. Nunca é.

       Aquela noite ou tarde só foi mágica, "linda", porque não era uma situação comum, do dia-a-dia, mas um cenário bonito, de festa, montado para dar à você aquela sensação de paraíso. (Como essa noite de réveillon... cuidado!)

       Vocês se encontraram, tudo melhor do que a encomenda, no início. Por algumas horas ou dias a coisa inda durou. Mas foi só tudo voltar ao normal, ao "arroz com feijão" diário, que tudo começou a degringolar...

       É sempre assim. A realidade é assim. Ela vai além das nossa expectativas e invenções. 

       Desejos e realidade, não combinam.

      Não, é claro que o chefe não podia estar sendo tão legal com você. Ele é um chefe. Chefes trabalham para a empresa e não para um funcionário, por mais esforçado que este seja. O chefe só queria que você trabalhasse mais para ele ganhar destaque perante o chefe dele, e por isso exigiu de você tanto. A sua promoção não veio e não virá. Fica para a próxima. Quem sabe em 2O18?

       A realidade. Nunca abandone ou se distancie da realidade dos fatos. Nunca veja as pessoas além do que elas são. Elas promete, mas não cumprem. Igual o seu chefe.

       O que mais poderíamos dizer a você nesse final de ano, que não fosse aproveitar a virada de ciclo e abandonar as crendices, fantasias e abraçar a realidade nua e crua, ao invés de negá-la? Desobedeça e repita os mesmos erros desse ano que termina.

       Sabemos, porém, como é. É difícil. É difícil porque viver segundo a realidade é complicado. É duro. Muitas vezes é árido, monótono, um fardo. 

       Mas é o único jeito de evitarmos sofrer demais.

       Quem já passou por essas experiências, sabe. Fomos nos tornando mais e mais conscientes sobre nós e sobre a vida. Mas, verdade seja dita, não é fácil.

       E esse é o problema com a autoconsciência. Hoje, quando escorregamos, e nos embalamos em alguma fantasia, dói mais devido ao fato de sabermos o porque da dor: o distanciamnto da realidade.

       Abandonar a realidade é algo tão bruto que notamos nas situações mais bobas e que são até engraçadas. 

       Um exemplo:

       Você já se queimou, ao tocar uma chaleira sobre o fogão sem pensar, imaginando que ela estava fria? Dói, não é? E olhe que nesse caso, foi um descuido, que fez você pousar a mão na chaleira sem nem pensar se ela estava quente ou não. Já pensou se fosse um fio de alta tensão? 
       A realidade é assim, quando não reconhecida ou respeitada, ela vai machucá-lo. Ela não quer saber se você está sonolento ou não, é adulto, criança, idoso ou não. Ela só está lá. É como se ela dissesse: "não me imagine, me conheça!".

      Mas todo mundo já acreditou em algo, já idealizou a vida e, quando tudo veio abaixo, teve de encarar os fatos. E foi se reerguendo do jeito que deu. 

       Não, as coisas não ficam mais fáceis, porque a nossa vida é mais dura que a dos outros. O fato de algo de bom estar demorado acontecer para mim, não garante que é porque isso está sendo trabalhosamente caprichado por alguma força oculta. Isso é uma mentira que ouvimos o tempo todo. É uma crença, um desejo.

      Se não veio nem aconteceu o que você tanto queria é porque você não fez ou não podia fazer acontecer. No fim das contas, tudo dependia de você, podendo ou não.

       Um dia, como todo mundo em alguma momento, nós nos sentamos envergonhados e humilhados e dissemos para nós mesmos:

       "É, o jeito é encarar a realidade!"

       E também de dentro de nós, quase que simultaneamente ouvimos: 

       "Jura? Agora que você entendeu? Era tão óbvio". 

       Era, era mesmo. Mas, a gente resolveu "acreditar", "fantasiar". Era mais bonito. Era. Mas já era.

       Como dói toda essa crítica interior da nossa consciência, não é verdade? 

       O remédio é simplesmente evitar a negação. E assumir. Assumir as coisas como elas são. Deixar de lado as nossas infantilidades, os desejos e fantasias pueris. 

       A racionalidade absoluta e constante nos é impossível. Todos sabemos. 
       Quando, porém, somos arrebentados pela realidade, lá no fundo temos a noção de que poderíamos ter "baixado o volume" da crença e "desligado a máquina" de produzir sonhos, o que nos teria evitado muita dor.

       Dava para ter dito não. Dava, sim. Dava para ter sido menos bobo, crédulo, apaixonado, confiante. Dava. Pior é que dava. "Como eu sou imbecil", você se autocritica. É verdade. Você é mesmo. Mas agora é tarde...

         É, nós sabemos...aí vem a culpa. E a culpa é inútil pelo simples fato de não mudar nada no nosso passado. 
       Ela só faz você perder tempo precioso no presente que você poderia simplesmente estar investindo em assumir e viver segundo a realidade a partir de agora. Simples assim.

       Sair da realidade na verdade é o primeiro passo que damos rumo à nossa desgraça, é o que nos abre as portas para as ilusões e devaneios.  

        Sim, o tema da terceira parte do nosso texto é, na ordem dos eventos, a origem do nosso sofrimento
       Primeiro abandonamos a realidade. E aí nos perdemos em crendices e idealizações. É assim que elas nascem.  
      

       Conheça, aceite e assuma a realidade da vida! 
       Esse é o antídoto que cura a dor antes mesmo que ela exista! É o segredo. 

        Quanto mais pé no chão, menos perdas. Mais tempo de qualidade para você viver a vida de verdade e não um "faz de conta", uma idealização.
       
       Esteja diante do que for, pareça a situação o que parecer, as pessoas podem inspirar muita confiança e segurança, contudo não troque os fatos pelas fantasias da sua cabeça (ou, pior: da cabeça dos outros). 

       As pessoas mudam, se transformam, se revelam. Elas, como nós, enganam, se enganam. Elas como nós fantasiam e confundem isso com a realidade. 
      As situações nem sempre continuam como são hoje. Tudo pode ser diferente amanhã, daqui um mês, em seis meses.

        Aproveite esse momento especial do ano e faça uma revisão da sua vida.             
       Pegue esse último ano. Veja quanta dor você teve de passar porque confiou, acreditou, fantasiou sobre coisas e pessoas que simplesmente viraram fumaça e já fazem parte do passado da sua vida nesse momento. E eram coisas sólidas no seu último réveillon. Onde estão agora?

       Substitua essa sua tendência de achar, acreditar e idealizar por um olhar mais crítico, analítico e pense melhor cada passo, a partir dos fatos, daquilo que você tem aí sob o seu controle. Não se afobe. Não se afogue. Pergunte sempre para você:

       O que de fato posso falar que tenho como garantia, ou como mais provável, que só depende da minha vontade?

       Você verá que é muito pouco. Você sentirá que de real, aí, nas suas mãos, ao seu alcance, só tem o que você já consegue ver. O resto é fantasia, é desejo, é esperança tola. Claro que há aquelas coisas mais prováveis nas quais você tem uma certa confiança, como ir dormir daqui a pouco, acordar amanhã com ressaca, ir correr, almoçar com a família etc. Mas tirando isso, o quê sobra...?

       E toda vez que você duvidar, escorregar e quiser ser "normal" e fazer como todo mundo, pense:

       Quando foi que a fantasia tomou o lugar da realidade? 

       Quando alguma vez isso lhe pareceu, só pareceu. O que aconteceu foi que, nesse caso, a fantasia correspondia, por uma série de fatores, à realidade. Foi uma exceção.
        Não tome a exceção pela regra. Exceção tem esse nome por um motivo.

       Em 2O18 (e não só), não deixe que sorrisos bonitos, atitudes gentis, propostas tentadoras, seduzam você. Nem se engane com você mesmo. Não deixe o seu desejo, as aparências, as "possibilidades" influenciarem a sua vida. 

       "As aparências enganam", ja dizia o antigo ditado. Quanta verdade numa frase tão singela.
       
       Os filmes de suspense nos trazem ótimos exemplos disso, claro que embalados naquele pacote ficcional e fantástico que todos nós adoramos.  

       Lembra de filmes como "Os outros", "Passageiros", "O Sexto Sentido"? A lição presente em todos deles é que a realidade nunca pode ser negada. Por mais que ela seja dolorida. 
   
       A realidade pode e deve ser transformada, sempre que possível. Mas para transformá-la, os processos necessários tem de ser também  - advinha só? - realistas
       Você não fará nada de verdade, se correr atrás de processos, pessoas e recursos ilusórios, ainda que elaborados com as melhores intenções. 

       Se você quer escapar de um relacionamento péssimo (o aspecto amoroso é melhor para exemplos), pulando nos braços de uma fantasia que você conheceu num final de semana ou numa festa, você só vai estar piorando a sua situação. 
       Amanhã, isso se desfaz e você desenvolve a crença de que "não nasceu para ser feliz". Nada disso. É que você deixou as regras do jogo da vida (amorosa, no caso) de lado. Só isso.


Bônus: Nós não aprendemos com os erros.


       Somos hipócritas demais. Talvez este seja o nosso maior problema. 

       Nós dizemos que a vida é um aprendizado (não, não é!). Nós afirmamos que os erros servem de lições (outra besteira!). Se fosse assim, por que mergulhamos diversas vezes nas mesmas situações. 

       Por quê?

       Porque, óbvio, a vida não é uma escola para aprendermos lição alguma. Isso é só algo bonito que dizemos para parecermos inteligentes e reflexivos quando estamos destroçado e jogados ao vento. 

       Na verdade, na maior parte do tempo somos uns imbecis. E reconhecer isso pode ser - pode ser - o início do processo do autoconhecimento. 

       Autoconhecimento não tem a ver necessariamente com algo glamouroso ou tranquilo, como nos vendem por aí de mil modos. 
       Se conhecer pode ser simplesmente a experiência de se saber insuficiente, desinteressante, incapaz, falho, insatisfatório, e buscar nos remodelarmos para retomarmos a nossa vida, como der. E não da forma "ideal".

       É por isso que muita gente foge do autoconhecimento. Essa é a estrada menos trilhada, por isso. Preferimos o bonito, ainda que irreal. Escolhemos as luzes, ainda que nos ceguem.

       Pare com isso. Acredite menos, veja mais. Fantasie menos, conheça mais. Não invente a si, aos outros, não invente o mundo.
     
       Quando idealizamos menos, esperamos menos das coisas e das pessoas, sabia que elas até nos surpreendem? 

        Aquela pessoa, aquele emprego, aquela turma, aquele relacionamento, aquela festa, esse ano todo que se inicia...baixe as suas expectativas quanto a tudo isso. Reduza a sua imaginação ao mínimo. 

       Deixe que as coisas sejam exatamente do jeito que elas são. Mexa no que dá para mexer. 
       Mas nunca, nunca perca o seu contato com aquilo que constitue as coisas, as situações, as pessoas e, principalmente, com tudo aquilo que constitui você.

       Não descuide da realidade.

       E Feliz Ano Novo!


 Até mais!


3 fontes de sofrimento para se evitar em 2018 - PARTE 1

3 fontes de sofrimento para se evitar em 2018 - PARTE 2





       


       


       

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