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Os 4 perigos do EGO e como evitá-los

Olá, pessoal!


       
      Você é egocêntrico? 

      O nosso blog, como já é bem sabido, sempre trabalha as questões do autoconhecimento seguindo pela contramão. E quando encontramos assuntos ou gente que parece ir contra o tradicional e comum, envolvendo esses assuntos, nós logo vamos lá saber bem do que se trata.

       Dessa vez, batemos com a questão do "ego". 

       Onde quer que se fale qualquer coisa sobre esse tema, ele é tratado sempre como uma desvantagem, um defeito no nosso modo de ser, um desequilíbrio. Dizem que quanto mais egocêntricos formos, menos qualidade terá a nossa vida e os nossos relacionamentos.

       Será que é assim mesmo?

       Bem, não para os psicológos David Marcum e Steven Smith. E o que vamos falar à seguir está baseado em pesquisas sólidas apresentadas e nas experiências vividas e reunidas por eles no livro O fator Ego - como o ego pode ser o seu maior aliado ou seu maior inimigo, cujo link você pode conferir no final desse texto.

       Você já ouviu falar de "egonomia"

       Não se preocupe, esse post vai explicar tudo para você: o que é, ao que se presta e como desenvolver essa habilidade e tirar o máximo proveito dela na sua vida.

       Antes, uma provocação:

       Sabia que "ego" e "humildade" não são contraditórios?

       Mais. 

       Sabia que o primeiro pode se promover exatamente por meio da segunda?

       E se lhe disséssemos que o ego pode despertar...

 ..."a motivação para a conquista, a coragem para experimentar e a tenacidade para superar os problemas"

       É o que nos garantem os autores do livro que inspirou esse post.

       Aí, você pensa: "O povo desse blog tá cada vez mais louco. Deixa eu clicar no "x" ali em cima enquanto é tempo". 

       Calma, que já vamos explicar! 

       E apostamos que você sairá com outra visão sobre o tão mal-entendido "ego".

       Ei, mas não prometemos falar sobre os perigos do egocentrismo?

       Sim, vamos analisar os perigos do "ego" e até onde eles  podem nos levar se não for devidamente orientado. 

       Mas esse post, como já adiantamos, quer mostrar também que podemos tirar vantagem do ego, se ele for bem orientado. 

       Como?
  
       É aqui que entra o conceito de "egonomia"? 

       "Egonomia" nada mais é do que o gerenciamento inteligente do ego de modo que as suas forças trabalhem à nosso favor e não contra nós.

       Após elencar os perigos do egocentrismo, falaremos de um dos três princípios que pode nos ajudar a gerenciar e expressar o nosso ego de maneira adequada.

       Os 4 perigos do EGO são:



1 - Ser comparativo



       O primeiro sinal de excesso do ego é quando ele nos leva a excessiva compração com os outros

       Uma vez embalados pela comparação, os conflitos e as brigas tomam conta do ambiente, seja ele social, profissional ou mesmo afetivo. Inclusive, os outros perigos do ego que veremos derivam da comparação.

       A comparação é tão terrível que nos faz nos preocupar mais com os outros e como eles estão indo do que com o nosso próprio desempenho e autoaperfeiçoamento. 

       Ao se comparar, você tem de ser "melhor do que", "tão bom quanto". A referência é tão externa, que nos desligamos do nosso próprio centro interior.
       Colegas viram rivais e inimigos. Companheiros viram concorrentes. Tudo é uma competição. 

       Pela comparação, temos de ser melhores do que todos o tempo todo. E haverá momentos que nos sentiremos péssimos quando notarmos que os outros podem mesmo ser melhores do que nós. Com isso, a pressão se torna insuportável.

       Mas a comparação não cede. Ela nos força a ir sempre além, e por isso mesmo acabamos fechando os olhos para os nossos reais limites e possibilidades. Acabamos nos afastando de nós mesmos, somos evitados pelos outros e, o que mais temíamos acontece: nós perdemos.

       Quem não já viveu isso na própria pele ou viu alguém próximo agir assim?






2 - Ser defensivo



       Não é problema nenhum em se defender e defender uma ideia. Isso é saudável e humano. Discutir, defender ideias e afirmar a nós mesmos de maneira equilibrada e respeitosa diante dos outros, é normal. 

       Numa interação que disputa opiniões, pontos de vista são expressos, às vezes até de maneira veemente, mas o melhor argumento é que deve prevalecer. A razão e os fatos devem estar acima de tudo.

       Quando defendemos algo ou nos defendemos, a  autocrítica é importante para que a nossa insistência não descambe para o defensivismo: "eu tenho de estar certo!"

       Quando não sabemos "perder", defendemos nossas posições como se estivéssemos defendendo quem somos e, por conseguinte, o debate deixa de ser uma disputa de ideias centrada no coletivo e se torna uma guerra de vontades focada nos indivíduos, destaca os autores.

       O defensivismo se instala quando batemos o pé, nos entrincheiramos e relutamos em ouvir ou considerar as opiniões divergentes. 

       Você já se viu ou viu alguém tentando se impor a qualquer preço, e às vezes, se tinha poder agindo como um tirano? É o defensivismo em ação.

       Nada penetrará o nosso campo de força, nem a realidade dos fatos contrários.

       Em contrapartida, os outros podem até assumir e concordar com o que dissermos. Mão não será pela manifestação inicial da nossa capacidade, mas sim pela truculência que lhes terá atropelado. 

       Não há mais respeito e admiração aí, só medo. 

       Não convencemos, violentamos a tudo e a todos. 
                        
       Qualquer apoio será superficial e aparente. 

       O medo é a argamassa que mantém o muro do defensivismo em pé. 

       Enquanto o antídoto não for aplicado, essa atitude só reforçará as muralhas, alargará e aprofundará o fosso que nos separa dos outros e da realidade.

       Há duas razões básicas pelas quais assumimos um comportamento defensivo. E tem a ver com a imagem.

       A imagem que queremos que os outros tenham de nós;

       A imagem que queremos ter de nós mesmos.







3 - Exibir superioridade



       O terceiro sinal que mostra ainda mais a fraqueza do ego, e contradiz a pretensão de quem o manifesta, é exibir superioridade.

       A atitude de superioridade, consciente ou inconsciente, quando identificada, nos isola não só dos interesses dos outros como também parece nos afastar da inteligência que intencionávamos demonstrar ao fazer ou falar algo em qualquer lugar.

       A pretensão é boa: demonstrar as nossas habilidades e talentos e ajudar. Mas isso feito de maneira estrondosa e indiferente ao que os outros têm para contribuir, em vez de brilhar, acaba por ofuscar a todos.

       "Quanto mais for nossa ânsia ou expectativa de que as pessoas reconheçam, apreciem ou se deslumbrem como tamanho da nossa inteligência, menos elas nos darão ouvidos, mesmos que de fato tenhamos ideias melhores".

       David e Steven nos informam haver estudos provando que toda inteligência e capacidade individual sempre fica abaixo do que podemos realizar ao trabalharmos em grupo. 
       Henry Ford não fez tudo sozinho para aprimorar a produção de carros. 
       Steve Jobs tinha uma equipe ajudando-o a ter sucesso.         
       
       Ou seja, o conjunto sempre é melhor que as partes, ainda que essas sejam ótimas.



     

4 - Buscar aceitação



       Um líder de verdade ou qualquer pessoa que queira se destacar num grupo, deve saber o justo equilíbrio entre impor e propor. Sabe ouvir e decidir, sem se sensibilizar demais pelas opiniões contra ou à favor.

       Se balançarmos emocionalmente a cada "sim" ou "não", a nossa contribuição em quelquer situação ficará condicionada. Então passamos a "pisar em ovos", seguir e ceder à maioria, com medo das críticas e dos julgamentos. É o fim da nossa autenticidade.

       Seja nos negócios, seja na vida privada, ao nos anularmos, empobrecemos a interação e a vida de todos. Sem divergência não há independência, não há crescimento. É monotonia, é estagnação. É morte.

       Nem sempre ser "legal" é legal. 


A "egonomia" - o antídoto


       David e Steven nos propõem duas perguntas:

       Há algo que podemos adotar para controlar o poder do ego?
       Será que ele deveria ser controlado, para começo de conversa?

       Um dos princípios que faz funcionar a egonomia, dizem eles, é a humildade.

       Em entrevista feita por eles, no mundo corporativo, 83% dos entrevistados adoraria que suas empresas fossem mais humildes.

       Humildade é a chave. 

       Ok, mas esse primeiro princípio, antes de ser aplicado, precisa ser devidamente esclarecido pois há muita confusão em torno do seu significado.

       Se nós considerarmos a cultura religiosa a qual todos fomos submetidos, o que significaria a humildade? Ela foi definida para nós mais pelo que ela não é do que pelo que ela é.

       Ser humilde, nos disseram, é não ser arrogante e nem orgulhoso. Se associa a termos como modesto, afável, respeitoso...

      Ok, mas o que é de fato a humildade?

       Nossos amigos definem: 

       "A humildade é o amor próprio inteligente que nos impede de achar que somos demasiadamente bons ou ruins. Elas nos lembra a distância que já percorremos e, ao mesmo tempo, nos ajuda a ver como ainda estamos longe daquilo que podemos vir a ser."

      Ou seja, será ela que nos fará nos comparar menos, ser menos defensivos, menos exibidos e parar de viver numa neurótica busca de aprovação.

       Há três componentes dinamizando a verdadeira humildade:

       "primeiro nós, depois eu"

       "sou brilhante, mas nem tanto"


       "mais uma coisa"

       Toda vez que parecer aos olhos dos outros e também aos seus que você está exagerando, pense: 
  
     Talvez seja bom considerar o "nós", depois o "eu"? 

     "Sou brilhante, mas também tenho limites".

     Pode haver "mais um coisa" aqui, que eu não vi.


       Em O fator Ego, os autores desenvolvem mais alguns detalhes componentes da humildade, e acrescentam ainda mais dois princípios da "egonomia". Juntos, eles nos dão uma boa perspectiva para vivermos e convivermos muito bem apesar do nosso ego.

       E aí, que tal? Gostou dessa nova visão do ego? 


Até mais!


Para saber mais:


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