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Você é uma pessoa autêntica ou "bonzinha"?

Olá, pessoal




**Esse texto é um trecho do meu livro 

Autenticidade é uma palavra que virou moda há muito tempo. Não é nenhuma novidade no mundo do Desenvolvimento Pessoal.

“Seja mais autêntico”, “respeite quem você é”, “Você precisa encontrar o seu verdadeiro eu”.

Essas frases estão presentes em títulos de livros, manchetes de blogs e naquelas fotos de pessoas de braços abertos sobre penhascos com frases motivacionais que enchem os nossos feeds, nas redes sociais.
Mas o que significa de fato ser autêntico? 
Mais importante, quando podemos dizer que estamos agindo de modo não autêntico, ou seja, que nós estamos nos "vendendo"? O que isso implica?

O que é Autenticidade?

Autenticidade é a condição de simplesmente ser você, ouvir quem você realmente é e tomar decisões que combinem com as suas crenças e valores. A autenticidade, em essência, é aceitar profundamente tudo o que constitui a sua pessoa e respeitar isso acima de tudo e de TODOS.


O que é Inautenticidade (ou vender-se)?


A Inautenticidade, por outro lado, tem a ver com colocar as coisas externas acima dos seus valores, das suas reais necessidades e do seu modo de ser e fazer as coisas na vida.

Falando de maneira simples, é viver para agradar ou ser “bonzinho”.

Quando nos "vendemos", estamos fundamentalmente colocando em leilão todos os aspectos mais importantes que nos dá identidade.

Em vez de tomarmos decisões baseadas no que nós pensamos, no que damos valor e em nosso próprio jeito de ver e viver a vida, nós o fazemos com base em quanto dinheiro, atenção, fama ou aceitação vamos ganhar dos outros.


Autenticidade vs. Inautenticidade


Às vezes, alguns exemplos da vida real ajudam a concretizar conceitos abstratos como esse da autenticidade:

Uma artista foi contatada por uma grande agência de publicidade. Eles gostariam de produzir a sua arte em grande volume, mas com a única condição de que ela mudasse os títulos e as descrições. No fundo, essa artista sabia que os títulos e descrições de sua arte são intrínsecos ao seu trabalho. Ela, então, recusa a oferta da agência. Isso foi uma escolha autêntica.

Um pai vê como o seu filho adolescente é talentoso para escrever. Mas em vez de encorajar o seu filho a seguir uma carreira na escrita, o pai pressiona o jovem a estudar Administração e Contabilidade porque essas são escolhas que lhe trarão “segurança”. O filho, então, se impõe o dever de estudar o que o pai lhe sugeriu. Pai e filho tomaram decisões não autênticas.

Uma coach de vida especializado em mentoria on-line quer expandir seus negócios. A fim de obter mais clientes, ela se concentra apenas no que é tendência e popular. Só escreve/dá palestras sobre esses tópicos. E assim ela começa a perder contato com sua visão original. Ela se tornou inautêntica.

Há empresas que fazem isso, esquecendo a sua missão, tentando angariar clientes. E falem.
Outras empresas se recusam a comprometer a sua filosofia e prosperam. Elas fizeram uma decisão autêntica.

Há alguns sinais, no entanto, que apontam para uma perda da autenticidade em nossas vidas. E pior, que mostram como estamos nos deixando vender aos interesses do mundo e dos outros.

Nenhum de nós é perfeito. A perfeição é simplesmente uma bobagem, uma ilusão.

Sendo assim, é praticamente certo que, em algum momento da sua vida, você tomará uma decisão inautêntica que irá comprometer ou os seus valores, ou a visão que você tem de como a sua vida deve ser ou qualquer coisa pelo que você vive e se define. É parte da nossa vida como seres sociais.  Não dá para fazer sempre tudo como gostaríamos.

Mas, embora não possamos ser perfeitos em situações assim, podemos nos esforçar para sermos mais conscientes do que estamos fazendo e do que de fato gostaríamos de fazer.

Consciência de si e honestidade são duas qualidades-chave das quais não podemos abrir mão se não quisermos nos deixar arrastar por más escolhas.
Se você está cismado com a possibilidade de estar “se vendendo”, leia os sinais abaixo. Pode ser que eles confirmem ou neguem a sua cisma:

§  A sua prioridade é ganhar mais dinheiro, não importa o que tenha de fazer;
§  Você está obcecado em conseguir novos seguidores, fãs ou inscritos (por exemplo, nas redes sociais);
§  Você deixa os outros tomarem decisões por você;
§  Você deixa os outros ditarem quem você é ou quem você "deveria" ser;
§  Você segue a multidão e faz o que todo mundo está fazendo;
§  Você sempre segue as tendências, mesmo que não façam sentido algum para você;
§  Você revela apenas o que faz você parecer ficar bem “na fita”
§  Você copia as outras pessoas e o estilo de vida delas;
§  Você ignora os seus sentimentos e a sua intuição
§  Você usa uma máscara perto dos outros
§  Você tem medo de se mostrar vulnerável e/ou de expressar os seus sentimentos, pensamentos e valores pessoais porque podem ser impopulares.

Que tal parar um tempo e avaliar de modo sério os itens da lista acima? Mas analise tudo honestamente e com o coração. Com quantos você se identificou? Um? Dois? Todos?


Como parar de “se vender”?


“A autenticidade é a prática diária de deixar de lado quem achamos que devemos ser e aceitar quem somos.” - Brene Brown

Eu quero fazer uma distinção clara aqui. Há uma diferença entre se promover e se vender.

Promover-se, na área profissional, na carreira ou na vida, significa destacar as suas qualidades e talentos genuínos no intuito de fazê-los interessantes para os outros.

Vender-se, por outro lado, tem a ver com o comprometimento da sua integridade e identidade pessoal, deixando se levar por fatores externos ao invés de atender às necessidades internas.

Além disso, nem todos têm a liberdade de tomar decisões autênticas quando bem querem – mas quero enfatizar que essas situações são aquelas em que o indivíduo se encontra em situações de sobrevivência.
Você é um pequeno empresário, sem muito incentivo do Estado, é abordado por um rico empresário que quer investir e mudar a sua empresa. Seria inteligente você recusar?

Em certos ambientes e ocasiões especiais, fazer escolhas que vão contra a nossa visão criativa e os nossos valores pessoais é essencial para sobrevivermos. Isso só não tem de se tornar a nossa condição de vida para todo o sempre.

Devemos buscar meios para nos libertamos do que nos acorrenta, e retomar a nossa vida e projetos pessoais como foram sonhados ou delineados por nós no começo.

Mas se você é um “abençoado” por viver em circunstâncias mais felizes onde você não está passando fome, nem desabrigado ou qualquer outra coisa igualmente séria, então agir com autenticidade é a única forma de viver a vida de maneira inteligente.


Por que ser autêntico é inteligente?


Simples. Porque você está ouvindo o seu coração, fortalecendo e confirmando o seu verdadeiro eu que mora no seu interior.  

Dinheiro, fama, admiração e aprovação dos outros podem até saciar a necessidade do seu ego por segurança e controle - mas isso não vai muito longe.

Em breve, você se sentirá vazio como se tivesse um buraco enorme dentro de você.

A verdadeira alegria, paz e realização vêm quando você passa a viver a sua verdade, a externar a sua essência.


Sendo assim, como fazer para que a nossa essência – paixões, visões sobre a vida e valores – nos guiem? 

Algumas dicas:

1. Preste atenção em como as decisões que você toma faz você se sentir fisicamente

2. Ponha suas necessidades em primeiro lugar

3. Explore as áreas inautênticas em sua vida e se pergunte:

  • O que precisa continuar na minha vida e o que pode se eliminado?”
  • “O que é verdade para mim e o que não é?”
  • “Quais as opções que eu tenho?” 


Certamente, você terá muito mais motivos para ser autêntico do que para ser bonzinho.

Quer saber mais, leia o meu livro:




 

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